Conselhos09 setembro 2025

Viver em Leça - Comer e Beber

Viver em Leça - Comer e Beber

Flower Tower Aurora by Time Out

 

Leça da Palmeira é forte numa culinária ecléctica, que tanto recebe restaurantes típicos com comida tradicional portuguesa, como espaços com duas estrelas Michelin, na vanguarda da melhor gastronomia. Tudo isto faz de Leça da Palmeira um local ideal para viver, em qualquer altura do ano, e para crescer, em qualquer altura da vida.

Restaurantes onde comer bem.

Casa de Chá da Boa Nova

Quando inventaram a expressão “Comer com os olhos”, estavam, seguramente, a referir-se à Casa de Chá da Boa Nova. É impossível não ficar deslumbrado com a arquitectura do espaço. Pensada por Siza Vieira e construída sobre as rochas, está classificada como Monumento Nacional e integra o Roteiro Internacional de Arquitectura. Também não é possível ficar indiferente à maravilhosa paisagem marinha que se avista a partir dos grandes janelões envidraçados da casa, nem tão pouco à cozinha deliciosa e criativa preparada pelo chef Rui Paula. Neste restaurante com duas estrelas Michelin há dois menus à escolha. Um onde brilham os peixes e os mariscos mais frescos e outro onde os vegetais são reis.

 

Terminal 4450

Mais pinta e boa onda num espaço só é difícil de arranjar. Primeiro, porque só é possível chegar ao Terminal 4450 através de uma manga de embarque, depois porque tem bons cocktails e snacks de comer e lamber os dedos, como pregos de novilho, pica-pau, asinhas de frango e costelinhas de porco na brasa, e ainda sobremesas para as quais se arranja sempre espaço, como para o decadente de chocolate ou para uma fatia de tarte de limão com gelado de tomilho. Quanto aos pratos principais, as carnes são as estrelas. Há costeletão maturado durante 45 dias, T-Bone, nacos de picanha e carne Black Angus. Tudo acompanhado por arroz de fumeiro, batata frita ou esparregado.

 

Fava Tonka

É, sem sombra de dúvidas, um dos melhores restaurantes vegetarianos do país. Nuno Castro, o chef à frente deste espaço do Grupo do Avesso – ao qual pertencem também restaurantes como o Terminal 4450, Esquina do Avesso e Sushiaria, todos em Leça da Palmeira –, faz uma cozinha divertida e arrojada, utilizando sobretudo ingredientes de origem vegetal. A façanha valeu-lhe cinco estrelas, a pontuação máxima atribuída pelos críticos gastronómicos da Time Out. Foram elogiados pratos como a sopa de cebola, trufa e queijo São Jorge, e sobremesas feitas com leite-creme queimado, bolacha de mel, gelado de alfazema, caramelo de mel e pólen.

 

A Margarida

De portas abertas há mais de duas décadas, este restaurante tipicamente tradicional faz comida de se lhe tirar o chapéu. O atendimento é à antiga, atento e atencioso, há toalhas engomadas sobre as mesas e fotografias de família, pratos trabalhados e tapetes de Arraiolos a decorar as paredes em pedra. A comandar as tropas está Margarida Silva, a cozinheira, que enche as mesas com açordas de camarão servidas num pão que vai a tostar ao forno, um dos ex-líbris da casa. Servem-se ainda panelas de arroz de marisco ou cabidela, filetes de pescada ou postas de bacalhau, cataplanas de carne, bifes da vazia e muito marisco ao quilo. Para fechar, peça uma fatia de tarte de amêndoa ou de pudim Abade de Priscos, uma das mousses de casa, o bolo de laranja ou uma rabanada.

 

Lessa

Com um balcão forrado a azulejos e um portentoso candeeiro a iluminar o espaço, que lhe dá uma grande pinta, o Lessa é o restaurante que todos gostaríamos de ter ao pé de casa. André Pinto Baptista é o chef por trás das criações gastronómicas deste pequeno restaurante onde cabem pouco mais de dez clientes em simultâneo. Conte com croquetes da Bairrada, tártaros, ceviches e pica-paus para petiscar. Para forrar o estômago e deixá-lo mais composto para o resto do dia, há preguinhos do lombo, sandes de presunto e ovo, e tachinhos de arroz carolino – do mar ou com feijão e bochecha de comer à colher. Para fechar, peça o mítico pastel de nata do Lessa com um cafezinho

Viver em Leça - Comer e Beber
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Seiva

O chef David Jesus, com um percurso que passou por vários restaurantes com estrelas Michelin (entre eles o Diverxo de David Muñoz, em Madrid), abriu um espaço dedicado à cozinha vegetariana. “É uma cozinha de mercado, humilde, dinâmica, com sabor e influências do mundo. O Seiva é a expressão da natureza”, conta o chef, que quer dar aos clientes “uma experiência com plantas, que os aproxime da terra”. Vai daí, há muito por onde escolher. Nos snacks, há pani puri, especialidades indianas feitas com grão crocante e recheadas com cogumelos e chaat masala, e croquetes de kimchi com couve marinada. A açorda com emulsão de alho frito, gema de ovo e couves da horta do avô do chef é uma das sugestões de entradas e, para pratos principais, recomenda-se o mil-folhas de raiz de aipo e pêra rocha com nozes e ervas, assim como o arroz de alho negro e pinhão. Não saia sem provar a rabanada feita com brioche vegetal, bebida de amêndoa e leite condensado de tamarindo.

 

Novo Casarão do Castelo

Com tanto mar ao pé, esta lista não ficaria completa sem um restaurante, ou dois, dedicados, sobretudo, ao marisco. O Novo Casarão do Castelo, que fica a menos de 80 metros do Casarão do Castelo, o primeiro e o original, aberto há mais de 30 anos, são fortes nos mariscos frescos e nos peixes na brasa. Lavagante ao natural, camarão tigre grelhado, amêijoas à Bulhão Pato, sapateira recheada, arroz ou açorda de marisco são algumas das opções sempre disponíveis. Neste espaço, inaugurado em 2019, piscam também o olho a cozinhas de outras latitudes, acrescentando à carta risotos e sushi, este em versões mais tradicionais ou de fusão. 

 

Cibû

No Cibû, o restaurante do chef Hugo Portela em Leça da Palmeira, a proposta é uma cozinha contemporânea com um forte toque português e uma clara referência à memória gastronómica. O menu está dividido em carnes frias, snacks e entradas – com delícias como os palmiers de presunto e queijo Nisa ou os mini bolos de arroz com gamba rosa do Algarve –; pratos principais de peixe e carne (não deixe de experimentar a açorda de polvo, o arroz de cabidela ou a costela mindinha); e sobremesas generosas e tradicionais, como mousse de chocolate e arroz doce.